sexta-feira, 22 de outubro de 2010

Biscoito de Polvilho

Delícia que agrada a qualquer hora.

Preparado com polvilho azedo, ingrediente herdado dos índios que encantou os portugueses. As negras cozinheiras das fazendas mineiras preparavam biscoitos de polvilho para os seus senhores já  no século XVIII. Eram servidos na quitanda. Para os mineiros, quitanda é tudo que é servido com café e preparado com farinha, leite e ovo. Os biscoitos de polvilho também são chamados de biscoito voador e biscoito de vento.

 polvilho azedo

Existe hoje uma variação de sabores de biscoitos de polvilho, pode ser de  curry, de ervas, de açafrão e até de chocolate, de chocolate? Será que é gostoso? Hummm!!!

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 Biscoito de Polvilho

Rendimento: 60 mini biscoitos

Ingredientes:

    • Polvilho azedo 500 g

    • Água 120 ml

    • Óleo de canola 120 ml

    • Leite integral 120 ml                                                                           

    • Sal refinado 2 g

    • Parmesão ralado 100 g  

    • Ovo 1 unidade

    • Manteiga sem sal para untar o tabuleiro 20 g

      Preparo Prévio:

        • Umedeça o polvilho azedo com a água em temperatura ambiente.

        • Misture o leite, com o óleo e o sal.

        • Leve ao fogo para ferver.

          Preparo:

            • Escalde o polvilho com a mistura do leite ainda quente.

            • Sove a massa até esfriar. Reserve.

            • Misture os ovos e acrescente à massa até obter uma consistência mole.

            • Junte o queijo parmesão ralado, misture bem.

            • Unte o tabuleiro com manteiga.

            • Molde os biscoitos com um saco de confeiteiro.

            • Pré aqueça o forno a 180ºC por 5 minutos.

            • Leve o tabuleiro para o forno e reduza a temperatura para 90ºC.

            • Asse por 7 a 10 minutos.

            • Espere esfriar para retirar do tabuleiro.

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            quinta-feira, 24 de junho de 2010

            Rapadura

            A rapadura teve origem nas Ilhas Canárias, no século XVI como  uma solução prática de transporte de alimento em pequena quantidade para uso individual. Como o açúcar comumente umedecia e melava, o ladrilho de rapadura acompanhava o viajante carregados nas sacolas, devido ser de fácil transporte e possibilitar prática acomodação, além de resistir durante meses às mudanças atmosféricas.

            moenda dos engenhos século XVI

            No Brasil, a cana chegou em 1532. Logo após teve início a produção da rapadura nos primeiros engenhos de cana-de-açúcar. Aqui a rapadura servia de alimento para os escravos. A iguaria, que ficou conhecida por andar junto com a farinha do sertanejo e também considerada como "comida de pobre", ganhou status.

            engenho

            Fabricação

            A cana é moída para extrair o caldo de cana, depois o líquido é colocado no tacho para ser fervido. Nesta etapa com a elevada temperatura do caldo, as impurezas vão para cima do tacho e são retiradas. O caldo é colocado em uma caixa de depósito, é fervido mais uma vez e se torna melado.

            Melado

            O melado é retirado, coado e colocado em canoas onde é batido para que fique bem grosso. Ao ser retirado das canoas é colocado no estandarte para ganhar a forma de rapadura. Depois de frio a rapadura é retirada do estandarte.

            Rapadura

            Cuca de Rapadura

            Equipamentos:

            Batedeira, balança, forno, liquidificador. 

            Utensílios:

            Bowl, colher, faca, peneira, tabuleiro.

            Rendimento:

            16 porções

            Ingredientes

            Quantidade

            Caldo de cana

            300 ml

            Manteiga sem sal

            200 g

            Ovo

            3 unidades

            Farinha de trigo peneirada

            400 g

            Rapadura moída

            400 g

            Fermento em pó

            30 g

            Açúcar refinado

            30 g para untar

            Manteiga

            30 g para untar

            Canela em pó

            20 g para untar

            Banana d’água cortada em fatias

            6 unidades

            Modo de Preparo:

            1. Bata as gemas, a rapadura, a manteiga e o caldo de cana no liquidificador até obter um creme homogêneo.

            2. Adicione aos poucos a farinha e o fermento até obter uma massa lisa.

            3. Bata as claras em neve. Incorpore as claras na massa.

            4. Unte o tabuleiro e polvilhe com açúcar e canela. Arruma as fatias de banana.

            5. Coloque a massa sobre a banana.

            6. Leve ao forno a 180ºC por 40 minutos.

            7. Desenforme morno. 

            cuca de rapadura Chef Cris Leite

            sexta-feira, 23 de abril de 2010

            Pastel – delícia brasileira

            Recheado com carne, com queijo, bacalhau, banana. Não importa o sabor, o pastel é delicioso e agrada a todos.

            Pastel de Queijo

            Origem

            O pastel é um prato tipicamente brasileiro, sendo derivado do tradicional rolinho primavera da culinária chinesa. Criado pelos imigrantes que tiveram de adapta-matérias primas disponíveis no Brasil para fazer suas receitas.

            A  popularização do pastel na cultura do brasileiro, veio através das mãos dos imigrantes japoneses que, por ocasião da II Guerra Mundial, vieram a abrir diversas pastelarias no intuito de se passarem por imigrantes chineses, livrando-se dessa forma, da discriminação que havia na época, contra a aliança entre alemães/italianos/japoneses. Os princípios de manipulação e processamento de alimentos da culinária japonesa, foram introduzidos nas pastelarias que, ao final, tornou-se um grande negócio dentro da colônia, ao mesmo tempo em que os pastéis ganhavam o gosto popular, por serem produtos saborosos, de rápido consumo e principalmente baratos.

            Em culinária, chama-se pastel a uma forma de preparar alimentos utilizando massa de farinha a que se dá a forma de uma caixa ou envelope, que se recheia e depois se frita ou assa no forno.

            Massa

            Pastéis sequinhos e crocantes todo mundo gosta. A dica é acrescentar cachaça na massa.

            Para abrir a massa, estique o máximo, depois dobre ao meio e novamente, e estique com o rolo por duas vezes. Com isso, a masa vai ficar fina e crocante. Essa massa não deve ser congelada, pois ela se tornará quebradiça.

            Recheio

            O recheio só poderá ser colocado na hora da fritura, se os pastéis forem armazenados em geladeira recheados, irá umedecer a massa perdendo a qualidade na hora do preparo. Quanto aos conservantes e anti-mofos, várias são as marcas existentes no mercado e a dosagem deve ser aplicada de acordo com as recomendações dos fabricantes, já que o excesso desse produto pode ser prejudicial à saúde. 

             Pastel

            Utensílios

            Bowl, escumadeira, faca, frigideira funda, garfo, rolo de massa.

            Equipamentos

            Balança, fogão.

            Rendimento 24 porções

            Ingredientes

            Quantidade

            Massa:

             

            Farinha de trigo

            500 g

            Sal

            5 g

            Cachaça

            50 ml

            Água morna

            100 ml

            Óleo de Girassol

            50 ml

            Para o recheio:

            Queijo Minas frescal

            200 g

            Tomate s/ pele e s/ semente picado

            100 g

            Orégano fresco picado

            10 g

            Azeite de Oliva

            20 ml

            Cebola ralada

            50 g

            Para fritar:

            Óleo de soja

            600 ml

            Papel absorvente

            4 folhas

            Modo de Preparo:

            1. Faça um monte com a farinha, abra um buraco no meio e coloque o sal e o óleo e a cachaça.

            2. Comece a trabalhar a massa, misturando os ingredientes e aos poucos vá acrescentando água morna. Trabalhe a massa intensamente.

            3. Cubra a massa com filme plástico e leve a geladeira por 2 horas.

            4. Forme pequenas bolas para serem abertas com um rolo bem fininhas.

            5. Misture o queijo, o tomate, o azeite, o orégano e a cebola ralada.

            6. Abra a massa. Dobre ao meio, estique por duas vezes.

            7. Coloque o recheio, feche o pastel com o garfo ou com carretilha.

            7. Frite em óleo quente. Coloque sobre o papel absorvente.

            Pastel crocante

             

            quarta-feira, 3 de março de 2010

            Nhoque da Fortuna

            Conta a lenda que São Pantaleão, num certo dia 29 de dezembro, vestido de andarilho, perambulava por um vilarejo da Itália. Faminto, bateu a porta de uma casa e pediu comida.

            são panteleão

            A família era grande e pobre. Apesar disso, eles dividiram o nhoque que comiam com o andarilho. Cada um recebeu 7 massinhas. São Pantaleão comeu, agradeceu a acolhida e se foi. Quando foram recolher os pratos, descobriram que embaixo de cada um havia bastante dinheiro.

            gnocchi

            Desde então, acredita-se que todo dia 29 comer nhoque traz fortuna. Segundo o ritual deve-se colocar uma nota embaixo do prato, comer os primeiros sete nhoques em pé, fazer um pedido antes de comer cada um deles. Não custa nada tentar, boa sorte!

            nhoque da sorte

            Para preparar um nhoque macio e saboroso, é fundamental utilizar um tipo de batata adequado para este prato. A batata baraka é ideal para fazer nhoque por conter pouca água.

            batata baraka

            A batata bintje também tem pouca água e pode ser utilizada para preparar o nhoque.

            batata bintje

            Nhoque da Fortuna

            Utensílios

            Bowl, colher, espremedor de batata, panela.

            Equipamentos

            Balança, fogão.

            Rendimento 6 porções

            Ingredientes

            Quantidade

            Batata inglesa Baraka ou Bintje

            2 kg

            Ovos

            2 unidades

            Queijo parmesão ralado

            120 g

            Farinha de trigo

            200 g

            Sal

            a gosto

            Para polvilhar a bancada:

             

            Farinha de trigo

            150 g

            Modo de Preparo:
            1. Cozinhe as batatas com casca.
            2. Descasque e passe as batatas ainda quente pelo espremedor.
            3. Junte os ovos, o queijo, o sal. Adicione a farinha aos poucos até obter uma massa firme e macia. 
            Massa de nhoque
            4. Polvilhe a bancada com farinha. Enrole a massa e corte os nhoques.
            5. Ferva 3 litros de água , adicione 20 gramas de sal.
            6. Coloque os nhoques na água fervente aos poucos, quando a massa subir, retire com uma escumadeira.
            7. Passe a massa em água corrente.
            8. Coloque os nhoques em um refratário, cubra com molho.
            Inhoque da Estância Dom Juan Chef Cris Leite

            quarta-feira, 17 de fevereiro de 2010

            Lasanha…Humm que delícia!

            Apesar da Itália reclamar a propriedade da receita original da lasanha, existem evidências de um prato muito similar conhecido como "loseyns" (lê-se lasan), que era comido na corte de Rei Ricardo II no século XIV. A receita também figurou no primeiro livro de receitas da Inglaterra no século XIII, quando foi usado num prato às camadas, esta versão mais antiga não incluía tomate, pois este ainda não tinha sido descoberto pelos Europeu.

            Lasanha 2

            Lasanha é um prato preparado com camadas de massa de macarrão em formato de folha, intercalada com queijo e molho. É a comida predileta do gato mais famoso do mundo: Garfield. Esse bichano sabe das coisas!

            garfield sonhando com lasanha

            Essa receita é muito especial, preparo há muitos anos e segundo meu marido é um dos melhores pratos do meu livro de receitas.

            Lasanha da Cris

            Equipamentos Balança, fogão, forno.
            Utensílios Colher, faca, escorredor de massa, panelas.
            Rendimento 8 porções

            Ingredientes

            Quantidade

            Molho de carne

             

            Carne moída

                               300 g

            Tomate s/ pele e s/ semente picado

            1 kg

            Tomate pelatti

            300 g

            Pimentão vermelho

            1 unidade

            Louro fresco picado

            2 folhas

            Alho poró picado

            1 unidade

            Alho descascado e picado

            10 g

            Salsa

            1 molho

            Cebola picada

            100 g

            Azeite extra virgem

            20 ml

            Manjericão fresco

               10 folhas

            Pimenta do reino

            a gosto

            Sal

                              a gosto

            Molho de queijo:

            Bacon picado

                               150 g

            Cebola picada

                               80 g

            Creme de leite fresco

                               500 ml

            Leite integral

                               200 ml

            Queijo parmesão ralado

                                250 g

            Pimenta do reino

                               a gosto

            Sal

                               a gosto

            Massa:

            Massa de lasanha fresca

                               500 g

            Água

                               5 litros

            Sal

                               a gosto

            Recheio:

             

            Mussarela ralada

            400 g

            Presunto s/ gordura picado

            400 g

            Queijo parmesão ralado

            p/ polvilhar

            Modo de Preparo:

            1. Molho de carne: Lave o pimentão. corte ao meio e retire as sementes, coloque o pimentão no tabuleiro e leve ao forno a 220°C até que ele desidrate por completo, retire a pele.Tempere a carne moída com o louro picado, o sal e pimenta a gosto. Refogue a cebola e o alho no azeite, acrescente a carne e refogue até que a carne esteja dourada. Junte o alho poró, refogue, adicione os tomates picados, continue refogando, acrescente o pimentão já desidratado e picado. Junte o tomate pelatti, cozinhe em fogo baixo por 30 minutos. Finalize com a salsa picada e o manjericão.

            2. Molho de queijo: Refogue o bacon picado, acrescente a cebola, refogue, junte o creme de leite, o leite integral e o queijo parmesão ralado, tempere com sal e pimenta a gosto.Deixe ferver e apague o fogo.
            3. Cozinhe as folhas da lasanha em água e sal.

            4. Montagem: Num refratário monte na seguinte ordem: molho de carne, massa, molho de queijo, mussarela ralada e presunto picado. Repita a sequência até que terminar a massa. Cubra com o molho de queijo e polvilhe com o queijo parmesão ralado. Leve ao forno a 220ºC por 20 minutos para gratinar.

            lasanha2 Chef Cris Leite

            terça-feira, 26 de janeiro de 2010

            Carpaccio do Chef Paulinho

            A história do Carpaccio

            O Carpaccio foi criado em Veneza, no restaurante Harry's Bar - de Giuseppe Cipriani. Em pleno ano de 1950, a condessa Amália Nani Moncenigo pediu ao amigo Giuseppe que lhe preparasse algo com carne crua (rica em ferro) – prescrição de seu médico para curá-la de uma anemia. Guiseppe preparou a receita que tornaria famoso seu restaurante: finas lâminas de carne crua, acompanhadas de molho à base de mostarda, alcaparras e queijo ralado. O nome do prato foi uma homenagem ao pintor renascentista Vittore Carpaccio (1460-1525), conhecido por usar em todos os seus quadros luminosos tons vermelhos.

            gcipriani-front

            O Carppacio do Chef Paulinho

            Esta é a receita de carpaccio que o meu amigo Chef Paulinho Pecora enviou.  Paulo Pecora foi eleito o Chef mais gente boa do twitter. Talentosíssimo, um verdadeiro Mago das Panelas. Obrigada Chef! É uma honra ter uma receita sua aqui no blog.

            CARPACCIO DO CHEF PAULINHO

            Equipamentos

            Balança, liquidificador, fogão.

            Utensílios

            Bowl, colher, faca, frigideira.

            Rendimento

            1 porção

            Ingredientes:

            Quantidade:

            Lombo de Vitela Precoce ou Largato Bovino

            800 g (em uma só peça) 

            Alcaparras

            100 g

            Queijo parmesão ralado

            50 g

            Queijo Pecorino ralado

            50 g

            Ricota defumada ralado

            30 g

            Azeite extra virgem

            200 ml

            Suco de limão

            2 unidades

            Folhas de manjericão fresco

            20 unidades

            Molho inglês

            40 ml

            Mostarda Jimy com ervas

            40 g

            Modo de Preparo:
            1. Limpe a peça de largato ou lombo de vitela, embrulhe em filme PVC e congele (dica do Chef: A carne semi congelada é mais fácil de limpar).
            2. Molho do Chef: Bata no Liquidificador: O azeite extra virgem, suco de limão, o manjericão, 50 g de alcaparras, o molho inglês e mostarda por 10 minutos, velocidade média, de preferência usando o "pulsar" e em várias etapas. Se utilizar as alcaparras sem lavar em água corrente não será necessário adicionar sal.
            3. Fatie a carne ainda congelada bem fininha (quase transparente).
            4. Montagem do Prato: Use um prato redondo, raso e largo. Arrume as finas fatias da carne seguindo o desenho do prato sobrepostas. Besunte com o molho do Chef, adicione as  alcaparras restantes e finalize com o mix de queijos.
            Carpaccio 

            sexta-feira, 8 de janeiro de 2010

            BISCOITO GLOBO

            Férias, sol, praia impossível não lembrar do Biscoito Globo. 

            Biscoito globo

            O Biscoito Globo é um símbolo da praia carioca. Queria contar pra vocês um pouco da história dos famosos biscoitos…logo me lembrei do que li no blog que o jornalista Octavio Guedes tinha no Extra Online. Por lá, Octavio com seu humor inteligente, trazia assuntos inusitados, como esse sobre o Biscoito Globo. Guedinho contou com exclusividade detalhes da produção do biscoito. Aproveitou pra debochar dos jornalistas investigativos. Ah! Muito bom!

            octavio

            Por isso, peço licença pra dar um Ctrl+C, Ctrl+V…

            MISTÉRIO DOS BISCOITOS GLOBO

            O repórter de crime Jorge Antonio Barros http://oglobo.globo.com/rio/ancelmo/reporterdecrime/  e  meus colegas Chico Otávio, Elenilce, Angelina, Gusmão, Ahmed, Aquino, Lau, Moreira, Falcão, Werneck, Gustavo, Denise e Fagundes nunca me convidaram para integrar a Associação Brasileira de Jornalismo Investigativo (Abraji). Nunca. Danem-se eles. Estou criando, por puro despeito, a Abobaji - Associação Brasileira de Jornalismo Investigativo Mas Só de Reportagens que Realmente Interessam Ao Leitor.

            UMA SÉRIE ESPECIAL!

            A primeira reportagem desta série especial (repórter investigativo não faz reportagem; faz série!) MISTÉRIOS QUE INTRIGAM O RIO é sobre os buraquinhos dos biscoitos Globo. Um segredo que dura 54 anos. Veja no flagrante acima  (repórter investigativo não faz foto, faz flagrante!): os buraquinhos do biscoito Globo são como umbigos - um é sempre diferente do outro. Como?  Por que? Eles têm milhares de fôrmas? É para nos confundir? É para caber em todos os tipos de dedos? É para desviar a atenção de assuntos supostamente mais importantes, como o aquecimento global?

            EXCLUSIVO!

            Tivemos acesso (repórter investigativo não entra; tem acesso)  à fábrica dos Biscoitos Globo, na Rua do Senado,  numa tarde chuvosa (engraçado: jornalista investigativo nunca descobre as coisas em manhãs ensolaradas) de quarta-feira. O inventor dos Biscoitos Globo, Milton Ponce, em princípio, negou tudo (mentira! o cara é super gente boa, abriu as portas da fábrica para nós. Mas repórter investigativo sempre dá uma valorizada e desconfia de tudo...)

            SÓ NÓS TEMOS!

            Ponce inventou  a vitoriosa receita  (ao qual este blog teve acesso com exclusividade- polvilho azedo, leite. ovos, açúcar, sal e gordura.......) há 54 anos,  nos fundos de uma padaria em São Paulo. Batizou o produto de Biscoitos Record (tudo em São Paulo tem que ser mais cafona!). Mudou-se em 1955 para o Rio, e foi trabalhar como confeiteiro na padaria Globo, em Botafogo (na Rua São Clemente, onde hoje é uma agência bancária). Pronto: mudou o nome do biscoito, mas manteve o enigma dos buraquinhos....

            VAI DAR MAIOR REPERCUSSÃO!

            De 1954 até o fim da década de 60, as rosquinhas eram feitas a mão, desenhadas em círculo manualmente com sacos de confeiteiro (aquelas bisnagas que aparecem no programa da Ana Maria Braga quando alguém enfeita bolo). O  que era obscuro, tornou-se mais impenetrável em plena ditadura (gostou Jorginho?), quando os sócios dos biscoitos Globo, em 1969,  compraram a máquina número de ordem 009/32-1765/00 (repórter investigativo acha que alguém  lê  uma porrada de algarismos com barras e traços....).

            VAMOS REPERCUTIR COM O MOLON!

            A máquina chama-se PINGADEIRA e foi desenvolvida em Araxá, Minas Gerais. Acompanhe a sequência feita por  Eurico Dantas, o Artilheiro do Click:

            A massa é colocada no reservatório da pingadeira e  pressionada por uma chapa. A pressão é de 500 libras (o pneu do seu carro roda com 38 libras). Uma vez pressionada, a massa começa a escorrer pelos furinhos da pingadeira e cai em uma  bandeja. Mas  toda rosquinha que se preza é redondinha....foi preciso desenvolver um sistema em que a bandeja fica rodando lá em baixo, num movimento de 180 graus. Confiram:  a pingadeira tá parada, mas a bandeja tá rodando.

            NUNCA NINGUÉM DEU ISSO!

            Enquanto a bandeja samba e desenha os círculos, o funcionário X. (se não tiver nenhum X. a reportagem não é investigativa Se tiver Y, então, cria um selo e inscreve pra prêmio....) controla a quantidade de massa que cai, determinando a grossura  de cada biscoito.

            QUADRO COM NUMERALHA

            Em cada bandeja cabem 41  rosquinhas.  Elas vão direto para um dos cinco fornos da fábrica,  onde são assadas por 15 minutos. "As pessoas preferem as rosquinhas mais claras. 70% de nossa produção  são roscas claras e salgadas", observa Ponce. Depois, os biscoitos são embaladas manualmente e estão prontos para o consumo. Por dia são produzidas 120 mil rosquinhas, ou 600 Kg. "Tchau!", disse em off Mauro Ponce, encerrando a entrevista (se não tiver off, não é reportagem investigativa).

            AGORA É COM VOCÊ

            Chegou a sua vez. Ajude  a ABOBAJI a desvendar os mistérios que intrigram o Rio, sugerindo temas ou votando nas opções:

            1 - Herbert Richard, o da versão brasileira dos filmes, existe? É uma pessoa? Ele fala primeiro em inglês e depois traduz ou conversa normalmente?

            2 - Quem é o herdeiro de Amaral Neto. É Amaral Bisneto? Ele é repórter?

            3 - Por que o Mate Leão vendido na praia tem um gosto, o de saquinho feito em casa tem outro e o do copinho do supermercado é diferente dos outros dois?

            Deixe aqui sua sugestão:

            Minha sugestão: Octavio retome esse blog! Bjs temperados

            quarta-feira, 6 de janeiro de 2010

            Bolo Rei? Bolo de Reis? Bolo da Sorte?

            Este bolo é a doce representação dos presentes oferecidos pelos Reis Magos ao Menino Jesus. A  parte exterior simboliza o ouro, as frutas secas e as cristalizadas representam a mirra, o incenso está representado no aroma do bolo.

            Bolo de Reis

            Recheado com Fava

            A explicação para a existência da fava no interior no bolo rei está ligada a uma lenda, segunda a qual quando os Reis Magos viram a estrela de Belém que anunciava o nascimento de Cristo, disputaram entre si o direito de entregar ao menino os presentes que levavam. Como estes não conseguiam chegar a um acordo, um padeiro, propôs fazer um bolo com uma fava no interior da massa, em seguida, cada um dos três magos do  Oriente pegaria numa fatia, o rei que tivesse a sorte de retirar a fatia que possuísse a fava, ganharia o direito de entregar os presentes a Jesus. Não se sabe qual foi contemplado com a fatia premiada, pode ter sido qualquer um dos três, Baltazar, Belchior ou Gaspar.

            reis_magos

            História do Bolo Rei

            Os romanos costumavam votar com favas, prática introduzida nos banquetes das Saturnais, durante as quais se procedia à eleição do Rei da Festa, também chamado Rei da fava. A influência da Igreja na Idade Média determinou a criação do Dia de Reis, simbolizado por uma fava introduzida num bolo, cuja receita se desconhece. A receita do Bolo Rei  que proporcionava prosperidade a quem comesse a fatia que possuísse a fava correu o mundo. Para que a profecia se concretize é preciso que a pessoa que  receba a fatia com a fava, ofereça o Bolo Rei no ano seguinte.

            Os portugueses trouxeram o Bolo Rei para o Brasil

            Em Portugal, a primeira casa onde se vendeu o Bolo Rei foi a Confeitaria Nacional, em Lisboa, certamente depois de 1869. Outras confeitarias do local passaram a vender a delícia. Logo diversas maneiras diferentes de preparar receita surgiram, sempre respeitando a tradição do recheio de fava. Os imigrantes portugueses trouxeram para o Brasil a receita do bolo. Por aqui, ainda hoje o Bolo de Rei é degustado no dia 6 de janeiro, quando os cristãos celebram a adoração do Menino Jesus pelos Reis Magos. A receita brasileira substitui a fava por um brinde. Essa tradição mantém viva a simbologia do natal de fé, prosperidade e esperança!

            Fonte: Livro - “Festas e Comeres do Povo Português I” de Afonso Praça

            BOLO REI

            Utensílios

            Bowl, faca, forma, fuet, panela, peneira, zester.

            Equipamentos

            Balança, batedeira, fogão, forno.

            Insumos:

            Ingredientes

            Quantidade

            Farinha de trigo peneirada

            750 g

            Fermento biológico

            20 g

            Manteiga sem sal

            200 g

            Açúcar refinado

            220 g

            Frutas cristalizadas

            150 g

            Frutas secas

            150 g

            Ovos

            4 unidades

            Raspas de casca de limão

            1 unidade

            Raspas de casca de laranja

            1 unidade

            Vinho do Porto

            40 ml

            Sal refinado

            5 g

            Fava de baunilha ou brinde

            1 unidade

            Água

            50 ml p/ pincelar

            Açúcar

            50 g p/ pincelar

            Manteiga e farinha

            p/ untar e enfarinhar

            Fondant:

            Manteiga sem sal

            20 g

            Leite integral

            120 ml

            Açúcar de confeiteiro

            400 g

            Modo de Preparo:

            1. Pique as frutas secas e cristalizadas, deixe macerar no vinho do Porto, reserve algumas inteiras para decoração.

            2. Prepare a esponja: Dissolva o fermento em 20 ml de água, 20 gramas de açúcar e 50 gramas de farinha, deixe descansar por 20 minutos.

            3. Na batedeira coloque a manteiga, o açúcar, as raspas de limão e laranja e os ovos. Bata até obter um creme homogêneo.

            4. Retire o creme da batedeira e junte a esponja, a farinha e o sal. Sove a massa até ober uma textura elástica.
            5. Deixe a massa descansar por 20 minutos.
            6. Unte uma forma e enfarinhe.
            7. Abra a massa e acrescente as frutas secas e cristalizadas.
            8. Coloque a massa na forma e faça um furo para colocar a fava ou o brinde(embrulhado em papel vegetal). Deixe a massa dobrar de volume.
            9. Pincele o bolo com a água açucarada. Leve ao forno a 220ºC para assar por 30 minutos.
            10. Fondant: Peneire o açúcar de confeiteiro e junte a manteiga e o leite. Leve ao fogo em banho-maria e cozinhe, sem parar de mexer, por 10 minutos. 
            11. Desenforme o bolo e despeje o fondant, decore com as frutas secas e cristalizadas.

            bolo de reis cortado                                                                    Chef Cris Leite